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terça-feira, 12 de julho de 2011

Novo ministro dos Transportes quer reduzir aditivos em contratos

       BRASÍLIA (Reuters) - O governo quer implantar mecanismos nas licitações de obras de transportes que reduzam os aditivos nos contratos, disse nesta terça-feira o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passsos.

       O aditivos são acréscimos aos contratos originais que aumentam o valor das obras. Suspeitas de irregularidades nesses dispositivos contratuais estão entre as denúncias que levaram ao afastamento da cúpula do ministério e à saída do ex-ministro Alfredo Nascimento.

       Segundo Passos, a ideia do governo seria fazer as contratações por meio de "preço global ou preço fechado", baseado em um projeto executivo, mais detalhado do que o projeto básico hoje usado nas licitações.
"Quando você contrata uma obra por preço global é diferente. Você define o objeto que quer, dá todas as especificações, com base em um projeto executivo muito bem especificado", disse. "E aí vou pagar por aquele objeto um valor fechado... isso evita os aditivos", afirmou.

       Hoje, as licitações são feitas a partir de um projeto básico, com poucos detalhes. Com isso, ao longo da obra, o orçamento acaba aumentando por conta de aditivos feitos para cobrir custos que não estavam anteriormente especificados.


       Além disso, disse Passos, os pagamentos levam em conta os preços unitários de cada item, como cimento, brita e outros. "Medimos e pagamos de acordo com o quantitativo unitário, item a item que compõe a obra", disse.

       No regime de preço global, defendido pelo ministro, o contrato é fechado com base no custo geral do projeto, e não é suscetível às variações de custo das matérias-primas.

      A mudança defendida por Passos também aumenta, segundo ele, o controle sobre o custo, porque ao fazer a licitação baseada em um projeto executivo, rico em detalhes e estudos de engenharia, o governo terá uma ideia mais realista do custo final.

       Passos, que foi secretário-executivo de Nascimento no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e também nos primeiros meses do governo de Dilma Rousseff, disse que não constatou irregularidades na pasta.
"Que eu tivesse conhecimento, nada. Mas investigo na condição de ministro e tenho todo o interesse em acompanhar os procedimentos", disse Passos, que foi convidado por Dilma na segunda-feira para ocupar o cargo.

Fonte: Globo
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